#11 Sobre eventos que mudam vidas…
A Economia B completou quatro anos ontem (07 de abril). Nesta edição comemorativa, compartilhamos alguns dos nossos conteúdos queridinhos para te inspirar...
Em setembro de 2019, embarquei para Amsterdam com o João Guilherme Brotto (meu marido e sócio) para cobrir dois eventos. A gente não fazia ideia, mas um deles mudaria completamente a nossa trajetória profissional…
O B Corp Summit (encontro das empresas B) entrou na nossa agenda ao acaso. Nos planejamos para passar cinco dias na cidade holandesa, mas o evento que nos levou para lá (o Trend Summit, da casa de tendências Trendwatching) duraria só um dia, então teríamos tempo de sobra. Por que não trabalhar um pouco mais, né? 😬
Bastou um dia conhecendo empresas com iniciativas socioambientais sólidas e propósitos que iam muito além do lucro para gente se convencer a encontrar uma forma de entrar para esse mundo.
Até então, nosso percurso profissional tinha sido muito ligado ao business as usual, sabe? A gente cobria pautas de negócios de sucesso, mas um tipo de sucesso que já não fazia mais tanto sentido para nós…
Foi no momento em que tiramos a foto abaixo que nasceu a ideia de criar um site para falar sobre ideias e ações para o setor privado ajudar a construir um futuro mais justo, equitativo e regenerativo.
Em 7 de abril de 2020 (início da pandemia de Covid-19 e Dia do Jornalista), A Economia B entrou oficialmente no ar.
No primeiro vídeo que publicamos, falamos sobre as tais “empresas B”, que influenciaram muito nossa decisão de embarcar nessa jornada:
Ontem, brindamos os quatro anos mais doidos da nossa carreira até aqui. Criar – e bancar – um projeto jornalístico independente é desafiador. Mas entre altos e baixos, fizemos muita coisa que nos enche de orgulho (tivemos até um projeto acelerado pela Meta e pelo ICFJ, o International Center for Journalists). 🤩 E temos certeza de que é só o começo.
Nesta edição do Farol da Economia Regenerativa*, compartilhamos alguns dos destaques dessa jornada com você. São conteúdos da nossa biblioteca que definitivamente não perderam relevância desde que foram publicados. Acredito que você vai curtir. 🙂
Além disso, trazemos mais alguns destaques do Estudo B #6: Tendências ESG para 2024 e além, que lançamos semana passada (ainda não leu?! Tá aqui), uma das notícias da nossa curadoria da semana e, claro, boas dicas culturais.
Boa leitura – e muito obrigada pela companhia (nestes quatro anos ou mais recentemente)!
Head de Conteúdo A Economia B
PS: Se quiser fazer algum comentário, dar uma sugestão de pauta ou só trocar uma ideia, pode me escrever – natasha@aeconomiab.com
Farol da Economia Regenerativa é a newsletter semanal de A Economia B.
Você sabia que…
… de acordo com uma análise da McKinsey, empresas com mais de 30% de representação feminina em suas equipes executivas são significativamente mais propensas a superar financeiramente aquelas com 30% ou menos?
Similarmente, empresas com mais diversidade étnica mostram uma vantagem financeira média de 27% sobre as outras.
Empresas que são forças para o bem
Nos últimos anos, a Sodexo anunciou uma série de compromissos globais para apoiar a integração de refugiados no mercado de trabalho.
Em 2020, a empresa se comprometeu a contratar 300 refugiados elegíveis para trabalhar em países como EUA, Canadá, Brasil e Suécia. Trabalhando em colaboração com organizações locais e agências governamentais, a Sodexo identificou e integrou os refugiados em sua força de trabalho, fornecendo treinamento linguístico e coaching de desenvolvimento profissional.
Desde então, a empresa expandiu seu compromisso e passou a oferecer programas de acolhimento a pessoas refugiadas, dando emprego digno e criando condições confortáveis aos imigrantes.
Além disso, a empresa desenvolve ações de treinamento para capacitar os colaboradores sobre como acolher refugiados.
Pensamentos que iluminam e ecoam
“A principal tendência este ano será ter mais engajamento com as práticas sociais do ESG. Dentro deste contexto, mais oportunidades para mulheres negras, tal como mais espaços para profissionais com larga experiência, considerando os aspectos de etarismo e gênero, garantindo, também, mais pluralidade nas agendas de diversidade e nos resultados das organizações.”
Guibson Trindade
Ativista, Especialista em ESG e raça, cofundador e Gerente Executivo do Pacto de Promoção da Equidade Racial, no Estudo B #6
Curadoria do Farol
Especial 4 anos A Economia B
[Série] Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – caminhos para mudar o mundo
Francine Pereira, redatora-chefe d’A Economia B, é a responsável pela nossa série de reportagens sobre o progresso (ou não) dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Os artigos trazem dados que mostram o panorama de cada ODS e, depois, revelam como as organizações podem contribuir para que atingi-los não seja uma utopia.
O índice da série (que já está no ODS 12) está aqui. Vale a leitura.
[Case] Tony’s Chocolonely: A empresa que nasceu para acabar com a escravidão na indústria do chocolate
Durante o B Corp Summit – o evento que impulsionou a criação d’A Economia B – conhecemos a Tony’s Chocolonely, uma empresa que nasceu com a missão de erradicar a escravidão na indústria do chocolate.
Nesta reportagem, o João contou essa história em detalhes.
[Estudos B] Relatórios aprofundados sobre temas relacionados à economia regenerativa
A série de relatórios especiais Estudos B nasceu da nossa percepção de que nem sempre dá para cobrir temas importantes em um artigo.
Até o momento, publicamos seis estudos, que abordam desde tendências de consumo sustentável, até segurança psicológica e como desmistificar o ESG na Indústria. Você pode ler todos eles gratuitamente.
[Coberturas internacionais] A Economia B no mundo
Cobrir eventos é uma das coisas que a gente mais gosta de fazer. “Na rua”, conhecemos iniciativas interessantes, aprendemos com especialistas e nos conectamos a pessoas que estão de fato construindo o tal futuro mais justo, equitativo e regenerativo que almejamos.
Recentemente, reunimos em um vídeo aprendizados, insights e entrevistas de três coberturas internacionais:
A da Next Conference (realizado em Hamburgo, Alemanha);
A do GSG Global Impact Summit (que aconteceu em Málaga, na Espanha);
E a do Sustainable Brands (que foi em Madrid).
Se você quer entender os debates que estão acontecendo pela Europa no que diz respeito à economia regenerativa, não deixe de assistir.
Por falar em coberturas internacionais, no mês passado o João esteve em Paris cobrindo o ChangeNOW (principal evento de soluções para o planeta). Na semana que vem, traremos os primeiros destaques dessa viagem. Fique de olho!
[A Economia B Entrevista] Conversas em vídeos com grandes nomes do mercado
Neste episódio do programa A Economia B Entrevista, João Guilherme Brotto conversa com Pedro Paro, CEO da Humanizadas e criador do primeiro rating ESG do Brasil.
Pedro fala sobre a necessidade de revisar e aprimorar as metodologias dos ratings ESG existentes para que eles considerem adequadamente aspectos comportamentais e culturais das empresas; destaca o papel da cultura organizacional para evitar crises e escândalos; e revela como sustentar estratégias ESG de forma mais eficaz e autêntica, através de uma liderança consciente e uma cultura saudável.
A playlist com todas as entrevistas já publicadas está aqui.
Deu n’A Economia B
☀️⛈️ Plano de adaptação climática para o setor industrial começa a ser desenvolvido
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) iniciou na semana passada os trabalhos para desenvolver um plano de adaptação do setor industrial aos impactos das mudanças climáticas.
O Grupo de Trabalho (GT) responsável pelo Plano Clima Adaptação – setorial Indústria terá seis meses para mapear riscos, identificar as cadeias produtivas mais vulneráveis e apresentar soluções e metas de adaptação para serem alcançadas até 2030.
Além disso, o grupo irá propor diretrizes para a adaptação da indústria para 2035 e 2050, levando em conta as diferentes realidades climáticas regionais e os segmentos industriais do país.
Farol Recomenda
[Documentário] Fungos fantásticos
Como comentei há pouco, recentemente, o João esteve em Paris cobrindo o ChangeNOW.
Das diversas soluções que ele viu lá, uma das que mais chamou a atenção foi a desenvolvida pela Infinite Roots, que se apresenta como uma empresa que usa fermentação e fungos para criar a próxima geração de alimentos sustentáveis.
Ele ficou impressionado com o que ouviu lá, e a palestra do fundador – Dr. Mazen Rizk – foi tema de conversas que tivemos depois que ele voltou pra casa (e também vai virar pauta para A Economia B em breve).
A verdade é que os fungos têm um potencial revolucionário enorme – e que vão bem além da alimentação.
Nessa nossa breve imersão nesse universo, descobrimos, por exemplo, que é possível usar o micélio (uma espécie de rede de fibras finas que os cogumelos formam sob o solo) para fabricar cimento e tijolo. Que tal?
Neste fim de semana, interessados em entender melhor esse reino MALUCO (pra mim essa é a melhor definição), assistimos ao documentário Fungos Fantásticos, disponível na Netflix. Eu aplaudi ao fim. Juro.
[Podcast] Não desconversa: capacitismo
Neste episódio do podcast É noia minha?, o ator e poeta Giovanni Venturini e a influencer, CEO e fundadora do Grupo Talento Incluir, Carolina Ignarra, batem um papo sobre capacitismo com a host, Camila Fremder.
Eu gostei muito porque os três abordam um tema importante (e às vezes, difícil) – a inclusão de pessoas com deficiência nas diversas áreas da sociedade – de forma leve, informativa e divertida.
Quase no fim do programa, Carolina falou que uma das melhores formas de combater o capacitismo é compartilhando o que se aprende sobre o assunto. Eu, que já tinha achado a conversa superinteressante e esclarecedora, decidi que precisava recomendá-la aqui.
[Audiolivro] Histórias de ninar para garotas rebeldes – 100 mulheres imigrantes que mudaram o mundo
Histórias de sucesso de mulheres imigrantes mexem comigo – afinal, também faço parte desse grupo e sei das dificuldades de se construir uma vida fora do nosso país de origem.
Outro dia, fui impactada por anúncio de um mês grátis do Audible (a plataforma de audiolivros da Amazon) e a obra recomendada era Histórias de ninar para garotas rebeldes – 100 mulheres imigrantes que mudaram o mundo.
Pois bem, aproveitei a tal oferta e comecei a ouvir a narração deste livro que, apesar de ser escrito para crianças, conta histórias que deveriam interessar a qualquer um.
Dentre as imigrantes em destaque, algumas têm conexões com o Brasil – como Carmen Miranda e Lina Bo Bardi. Justamente pelo fato de as histórias serem curtinhas, a gente termina cada capítulo querendo saber mais sobre cada personagem. O que é ótimo!
Vale o play. Ou, se preferir, a leitura.
A publicação de notícias sobre empresas não representa endosso às marcas citadas. Nossa tarefa é reportar iniciativas e fatos que podem de alguma forma inspirar melhorias no seu negócio, na sua carreira ou no seu dia a dia.
O Farol da Economia Regenerativa condena práticas como greenwashing, socialwashing, diversitywashing e wellbeing washing. As informações compartilhadas aqui passam por um processo de checagem feito pelo nosso time de jornalistas, porém, sabemos que muitas vezes à primeira vista pode não ser fácil distinguir iniciativas legítimas de tentativas de greenwashing, por exemplo. Caso você acredite que algo não deveria estar aqui, fique à vontade para nos procurar.